Há muito tempo atrás, em um dos muitos testes psicológicos que fiz - para avaliar qual seria a melhor profissão a escolher - um nunca me esqueci...era assim:
"Feche os olhos, agora imagine-se dentro de uma floresta....descreva-a...
(levei um tempo para achar a imagem...mas é igual a acima...)
Agora, você está andando por uma trilha dentro dessa floresta e vê uma casa...descreva-a...
...você entra nessa casa? o que há nela?
(não achei imagem alguma ... mas era uma casinha meio abandonada, simples, como nos contos de fadas, porém, eu passei reto...sem a mínima curiosidade em saber...)
Após a casa, você continua caminhando pela floresta e acha um muro...descreva-o...
.....baixo, sem frescuras e que, tranquilamente, passo por cima..."
Após essas perguntas, para mim exóticas, pois nunca havia visto uma floresta e muito menos podia imaginar quem seria idiota de construir um muro no meio do nada....
Fico à espera do resultado do teste!
Na época, psicóloga sorriu e disse que podia escolher qualquer profissão, pois tinha habilidades para exercer qualquer uma....
Eu, adolescente, saio do consultório com a firme certeza que minha tia botou fora o dinheiro da consulta e que todos os psicólogos são loucos...
Pior, o que vou ser quando crescer?
Anos mais tarde, descubro o significado do 'tal' teste: a floresta é como você se vê e como gostaria que as pessoas a vissem; a casa significa o seu olhar para tudo o que se relaciona com a sua família e o muro significa a forma como você lida com as dificuldades que encontra ou encontrará ao longo da vida...
Resumindo, me vejo linda, alta, maravilhosa...minha família é apenas mais um passo a ser dado diante da vida e que os problemas nunca serão grandes o bastante que eu não possa resolvê-los ou se não puder, passo por cima...
A realidade é que não sou alta ....rsrsrsrs, minha família muitas vezes é um pé no saco (como o são a maioria das famílias, vez ou outra) e meus problemas nunca foram tão grandes que eu não conseguisse dar conta ou pelo menos esquecer....
Talvez, a psicóloga não fosse tão louca...
Sim, mas e daí?
Ao contar essa história, quero agradecer as pessoas invisíveis que habitaram e continuam a habitar a floresta da minha vida (que nunca foram perguntadas se existiam pela psicóloga)...nem sempre entendo suas mensagens...nem sempre me sinto comprometida com suas experiências...
mas sempre, sempre que precisei elas estiveram comigo...
fossem através dos sonhos, dos sussurros, dos raios da tempestade, da face alva da Lua, fossem através de pessoas que me estenderam a mão, que me abraçaram e consolaram...
...ou mais interessante ainda, quando me mostraram faces sem contornos...
....que hoje tenho por hábito de chamar de amigas, ou anjos....
Obrigada!
Refloripa
AVISO:
GENTE ALGUMAS PESSOAS Não conseguem entrar nos comentários, portanto, estou colocando, também, o outro HALOS - Beijos!
