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| NAN LAURINO |
Certas coisas são tão insignificantes que esquecemos o porquê lhe demos tanta importância. Fica apenas a vaga sensação de ter nadado em água mais rasa que aquela que deixamos cair em um pires…
Certas verdades só acredito quando as ouço com meus próprios ouvidos, caso contrário, desconfio das intenções de quem as repassou…
Sempre tem alguém com um interesse maior que o seu e com uma esperteza maior que a que você presume ter, portanto, não me arrisco a ouvir 'a verdade' dos outros sem antes olhar bem nos olhos de quem as pronuncia.
Seres humanos são e estão cada vez mais egoístas, existem pessoas que são muito boas, mas a geração 'paz & amor' foi pro saco faz muito tempo… e ainda temos a leveza do semblante de perguntar como nossos filhos se tornaram assim, ou para quem não os tem, como os filhos dos outros são como são…
Simples, quem está aqui vem cada vez mais se importando menos com o coletivo, vem fazendo coisas que não agregam para a sociedade como um todo e, pior, vem passando esse conhecimento pouco igualitário para os seus próximos…
De qualquer forma, mesmo as atitudes mais individualistas são menos diante daquilo que podemos fazer com elas: se a transformamos na profundidade de um pires, perdemos tempo e alegria de viver e, se a ignoramos pode ser que, mais adiante, sejamos derrotados por alguém que relevamos…
Nessas horas, amo o povo oriental que busca sempre o tão simples e óbvio (complicado, para nós) TAO, ou o caminho do meio…
Viver bem, de acordo consigo e suas crenças, sem pensar sempre de forma maldosa ou agir como tal, buscar um equilíbrio entre conceitos e atitudes é quase como buscar a fonte da juventude de Ponce de Léon… quase impossível!
O máximo que podemos fazer, ou que EU tento fazer, é tentar não se afogar nas águas amarguradas que repousam na profundidade de um pires…mantendo sempre os ouvidos bem limpos e os olhos dirigidos ao horizonte, a procura da palavra sinceridade.
(RÊ)
