20 de mai. de 2014

a sociedade do êxito...


artista NAN LAURINO
Muitos conseguem vencer na vida mesmo sendo pessimistas. Mas por que pagar tão caro por suas vitórias? Por que se desgastar tanto para ter êxito?

A sociedade pressiona as pessoas para que sejam sérias, contraídas. Parece até que essa conduta tem o poder de garantir que as coisas sejam bem-feitas, os relacionamentos honestos e que educação e ética sejam qualidades pessoais irreversíveis.
Outro dia, li numa placa: "Não leve a vida a sério. Você não vai sair vivo dela". A seriedade limita a criatividade. É como um pântano que o alto-astral consegue transformar em jardim. 

Muitas vezes, a pretexto de ser realista, o indivíduo acaba transformando-se em um pessimista. "Preciso examinar todos os problemas, analisar todas as dificuldades porque, do contrário, as coisas não funcionam", diz. É importante ter alto-astral. O psicólogo Martin Seligman, autor do livro Learned Optimism [Otimismo Aprendido], traçou um quadro muito interessante da diferença entre o otimista e o pessimista. 

O pessimista acredita que os eventos negativos têm origem em condições definitivas. Por exemplo: "Perdi o horário do vôo porque sempre dou azar com avião". Para ele, os eventos positivos provêm de circunstâncias temporariamente positivas: "Meu chefe me elogiou porque queria que eu fizesse hora extra". 

O otimista, ao contrário, atribui uma falha a um motivo circunstancial: "Perdi a partida porque estava exausto". E, para ele, as situações favoráveis são causadas por fatos permanentes: "Meu marido trouxe flores para mim porque me ama". 

Quando as coisas dão errado para um pessimista, ele logo faz a decepção invadir todas as esferas de sua vida e se culpa, ainda que o erro não tenha sido seu. O otimista, ao contrário, reage com tranqüilidade e pensa: "Bem, todo mundo tem seu dia de azar". Em seguida, procura uma solução para livrar-se logo do problema. Diante de uma dificuldade, o pessimista acha que ela nunca será superada e que aparecerão muitas outras, enquanto o otimista tem a capacidade de analisar qualquer tipo de questão, organizá-la e solucioná-la rapidamente. 

Muitos conseguem vencer na vida mesmo sendo pessimistas. Mas por que pagar tão caro por suas vitórias? Por que se desgastar tanto para ter êxito? Comece a cultivar o alto-astral dentro de você, a brincar com os reveses da vida, a enfrentar com bom humor até as situações mais complicadas. 

O alto-astral é uma forma de ver a vida. Portanto, é diferente do prazer. Quando falamos de prazer, inevitavelmente pensamos em sexo, comida, lazer. O alto-astral é bem mais do que isso. É um gesto de generosidade com a vida, com os erros, com as dificuldades. A seriedade leva ao julgamento; o alto-astral, à compreensão. Uma boa maneira de saber como anda seu astral é observar se está julgando os outros. 

Quando alguém está feliz não perde tempo nem energia com isso. O alto-astral tem origem na bondade, que, por sua vez, começa no amor.
O amor cria a verdadeira alegria de viver. Ame todas as pessoas e brinque com elas, especialmente com você mesmo.
Roberto Shinyashiki


BEIJOKAS SURTADAS.
REGINA