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UMA GATA OU UMA MULHER com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e
representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubastis,
cujo nome em egípcio — Per-Bastet — significa Casa de
Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o
Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) e suas efígies eram bastante numerosas,
existindo, hoje, muitos exemplares delas espalhadas pelo mundo. Essa divindade
também estava associada à Lua e protegia os partos e as mulheres grávidas de
doenças e dos maus espíritos. Tornou-se ainda padroeira dos festivais, muito
populares até a época romana, nos quais as bebedeiras eram comuns.
DURANTE
O TERCEIRO PERÍODO Intermediário (c. 1070 a 712 a.C) começaram a ser
construídas necrópoles para abrigar múmias de gatos. Esses animais eram criados
no templo de Bubastis com o objetivo de serem sacrificados à deusa e mumificados. Devotos da divindade adquiriam tais múmias que eram
envoltas em tecido, colocadas em sarcófagos feitos sob medida e enterradas como oferendas à
Bastet em túmulos subterrâneos cobertos com uma abóbada. Quando os reis líbios
da XXII dinastia (c. 945 a 712 a.C.) fizeram de Bubastis sua capital, por volta
de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.
A PARTIR
DA XXVI DINASTIA (664 a 525 a.C.), agora já no chamado Período Tardio (c. 712 a
332 a.C.), tornou-se comum os adeptos da deusa lhe oferecerem, em seus templos,
ex-votos na forma de estatuetas que representavam a divindade sob a forma de
gato. Feitas geralmente de bronze, mas também de outros materiais, as
esculturas costumavam trazer no pescoço um colar ou o olho Uedjat e brincos de ouro nas orelhas. Ao ser
representada na forma humana podia trazer nas mãos um cetro, uma planta de
papiro, um sistro, instrumento musical que tocava nas festividades,
etc. No braço podia carregar um cesto que, às vezes, aparece cheio de gatos.
DIZIA
A LENDA que a deusa-leoa Sekhmet, após ter dizimado parte da humanidade, fora
apaziguada e se transformara numa gata mansa. A terrível bebedora de sangue se
trasformara em Bastet, bebedora de leite. Em Bubastis, cidade situada na região
central do delta nilótico e principal centro de culto dessa deusa, as festas em
sua homenagem eram muito concorridas. O historiador Heródoto (aprox. 480-425 a.
C.), falando de tais festas no seu tempo, escreveu:
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Os
egípcios celebram todos os anos grande número de festas. A mais importante e
cujo cerimonial é observado com maior zelo é a que se realiza em Bubastis. A
vida em Bubastis por ocasião das festividades transforma-se por completo. Tudo
é alegria, bulício e confusão. Nos barcos engalanados singrando o rio em todas
as direções, homens, mulheres e crianças, munidos, em sua maioria, de
instrumentos musicais, predominantemente a flauta, enchem o ar de vibrações
sonoras, do ruído de palmas, de cantos, de vozes, de ditos humorísticos e, às vezes,
injuriosos, e de exclamações sem conta. Das outras localidades ribeirinhas
afluem constantemente novos barcos igualmente enfeitados e igualmente pejados
de pessoas de todas as classes e de todos os tipos, ansiosas por tomar parte
nos folguedos, homenagear a deusa e imolar em sua honra grande número de
vítimas que trazem consigo e previamente escolhidas. Enquanto dura a festa, não
cessam as expansões de alegria, as danças e as libações. No curto período das
festividades consome-se mais vinho do que em todo o resto do ano, pois para ali
se dirigem, segundo afirmam os habitantes, cerca de setecentas mil pessoas de
ambos os sexos, sem contar as crianças.
NO
EGITO os arqueólogos encontraram cemitérios inteiros de animais sagrados
mumificados. Essa prática cresceu de importância no período mais recente da
história do Egito antigo, sob o domínio dos Ptolomeus. Por isso, não deve ser
considerada típica da vida religiosa do Egito em seu auge.
OS
CEMITÉRIOS de animais estavam situados nas proximidades de seus respectivos
centros de culto. Assim, os gatos, que representavam essa deusa Bastet da
alegria e do amor, eram mumificados e enterrados em Bubastis.
A MUMIFICAÇÃO
DE ANIMAIS e pássaros, em verdade, era muito grosseira e o corpo era
freqüentemente reduzido a um esqueleto antes de ser envolto em bandagens. Tais
bandagens, porém, eram aplicadas com grande habilidade e todos os esforços eram
envidados para produzir uma múmia convincente na aparência.
FONTE: http://www.fascinioegito.sh06.com/gata.htm
UM POUCO DE HISTÓRIA NUNCA É DEMAIS!!!
BEIJOKAS SURTADAS,
REGINA