27 de abr. de 2013

Quando filhote voou....

IMAGEM


Pois é, assim como nós um dia criamos asas e abandonamos o ninho, nossos filhos também têm as suas próprias asas, e os filhos deles assim o farão: faz parte!!!!
Sempre fui surtada: considerada a mãe mais louca, a mãe mais divertida, a mãe que juntava aquele bando de crianças e levava pra passear, a mãe que brincava e ria junto, e com isto, o relacionamento com meus filhos foi sempre tranquilo e sempre fomos muito unidos, principalmente depois da separação. Ficamos nós três, os dois estudando e eu trabalhando! Tempo difícil, mas que nos uniu mais como mãe e filhos e, principalmente, como companheiros e parceiros da vida.
Filhote nº1, assim que formou, passou em primeiro lugar (me mata de orgulho hehehe) em um concurso público da sua área (veterinário) e foi designado para outra cidade, logo ali, a 850km de distância.
Só me dei conta que ele não estaria mais casa, no dia em que o ajudei a arrumar as malas e o levei até a rodoviária. Neste momento a ficha caiu: ele estava indo embora! Choramos os dois antes de ele entrar no ônibus , mas tentamos dar força um ao outro, e eu, a vontade que tinha era de voltar com ele pra casa!
Naquela noite eu passei chorando, deitada na cama dele, e imaginando um monte de coisas: ele chegando na cidade, onde não conhecia ninguém, onde ele ficaria, como seria a vida. Noite longa!!! Pela manhã ele me ligou, tinha chegado, já estava em um hotel, iria “se situar”, e se apresentar no trabalho.
E assim os dias foram passando, ele lá, eu aqui, todos os dias nos falávamos por telefone. Aos poucos, os telefonemas que eram diários, foram escasseando. Ou seja, estava adaptado, vivendo a sua vida. E eu também, me adaptei: saudades tinha muitas, mas o orgulho e o prazer de vê-lo crescendo profissionalmente, se destacando no trabalho, sendo promovido com tão pouco tempo, e principalmente crescendo como pessoa, compensavam.  Ao ouvi-lo falar que estava montando sua casa, comprando as suas coisas eu pensava “Criei um bom homem, apesar de meus erros!”
Até que um dia o telefone toca, no sábado de manhã: a voz do outro lado, totalmente desconhecida, dizia que ele tinha sofrido um acidente e estava hospitalizado em estado grave!!! Deus!!! Eu só consegui pensar em chegar até ele o mais rápido possível!!! Depois de quinze dias ele veio para casa. Período de recuperação, novas cirurgias, fisioterapias!!! E meu bebê estava em casa novamente!!! E a rotina era outra, e tivemos que nos adaptar!!!  Graças a Deus  ele se recuperou totalmente, e sou grata eternamente a todos que por ele rezaram (especialmente a tia Rô, que sem me conhecer e sem nos falarmos muito o colocou em seu grupo de oração, este gesto desta mulher especial me conquistou e a guardo para sempre em meu coração e em minha alma).
Chegou novamente o dia de ele ir embora, mais uma noite de choro e dias de preocupação, mas aos poucos, novamente as coisas foram chegando no lugar. Até que ele conseguiu transferência de volta  para cá, montou a casa dele, se casou, e tem uma família linda.
O bater de asas dele foi dolorido, mas foi principalmente um processo de crescimento dele, e para mim, a sensação de poder dizer a Deus: Missão dada, missão cumprida!!!
Bom, quanto a Filhote nº 2, quando pergunto: “Fi, quando é que você vai desocupar a pensão??”, simplesmente responde: “Tá louca? Vou sair daqui pra quê???” kkkk
Mas sei que logo, logo ele sairá, e ai...quem vai criar asas sou eu!!!!
Beijos pra todo mundo e pro mundo todo!!!