ONTEM, HOJE E AMANHÃ... TRÊS GERAÇÕES DE MULHERES... SEMPRE É BOM CONHECER!
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| Imagens de NAN LAURINO |
FELIZES SÃO OS POETAS, PORQUE
SABEM, NO DIA DE HOJE, ERGUER HINOS DE AMOR ÀS SUAS MÃES. EU GOSTARIA DE DIZER,
EM LINGUAGEM NASCIDA BEM DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO, QUE NÃO ESQUECI AQUELA MÃE
PEQUENA, TÃO PEQUENA QUE OS NETOS CHAMAVAM-NA VOVÓ BAIXINHA.
FUI PEDIR A UM POETA BRASILEIRO
QUE ME EMPRESTASSE SEU CÂNTICO DE LOUVOR NESTE DIA. E PEDRO DE CALAZANS, O
POETA SERGIPANO QUE ESTÃO DEIXANDO CAIR NO ESQUECIMENTO, TEVE A GENTILEZA DE ME
AUTORIZAR A FAZER USO DE ALGUNS VERSOS SEUS. E NÃO ME PERGUNTEM COMO O CONHECI
E COMO OBTIVE ESSA AUTORIZAÇÃO. ISSO FAZ PARTE DE UM GRANDE E VELHO PACTO QUE
EU TENHO COM OS POETAS, PRINCIPALMENTE, COM AQUELES QUE VÃO SOFRENDO O RECUO DO
TEMPO, O QUE É UMA INJUSTIÇA.
QUE SE SINTAM AS MÃES QUE LEREM
OS VERSOS DE AMOR FILIAL DESSE POETA BRASILEIRO HOMENAGEADAS TAMBÉM POR ESSE
AMOR, E PENSEM COM CARINHO NESSE MOÇO QUE PARTIU PARA O OUTRO LADO DA VIDA.
MINHA MÃE
ESTE NOME É SOM DIVINO
QUE À VEZ PRIMEIRA O MENINO
NO TENRO LÁBIO ENSAIADO;
UM ANJO TÃO DOCE ACENTO,
NAS CORDAS DA HARPA DO VENTO,
À CRIANCINHA ENSINOU.
PALATA TERNA, AMOROSA,
SOLTA DOS LÁBIOS DE ROSA,
DO MENINO DE BELÉM,
QUE EM SEUS SORRISOS DE INFÂNCIA,
MIMOSO LÍRIO EM FRAGRÂNCIA,
MINHA MÃE – DISSE TAMBÉM.
CELESTE HARPEJO DE FADA,
NA CORDA MAIS ENCANTADA,
SUTIL NO ESPAÇO A FUGIR,
UM NOME ASSIM TÃO MIMOSO,
MINHA MÃE – TÃO MELINDROSO
JAMAIS PUDERA FINGIR.
JAMAIS UM NOME TÃO DOCE,
POR MAIS SUBLIME QUE FOSSE,
PERFUMES A RESCENDER,
UM TAL SOM JAMAIS DIRIA
TANTO AMOR, JAMAIS TERIA
DE – MINHA MÃE – O PODER!
MINHA MÃE – COMO UM PRECEITO,
QUE ESCONDE O CRISTÃO NO PEITO
COM TODA A VENERAÇÃO,
EM LETRAS D’OIRO ESCULPIDO
É O NOME SANTO E QUERIDO
QUE EU TENHO NO CORAÇÃO.
NA HORA EXTREMA DA VIDA,
QUANDO ESTA ALMA DESPROVIDA
TRAGA DA AGONIA O FEL,
POSSAM MEUS LÁBIOS PUNGIDOS
SER NESTA PALAVRA UNGIDOS,
UNGIDOS SER NESTE MEL!
NAIR LACERDA - avó da Rosana
(Publicado na
Tribuna de Santos, no dia 14 de Maio de 1995)
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PÁSSARO SOLITÁRIO
PÁSSARO BRANCO, DE ONDE VIESTES?
TE VEJO SOZINHO BRINCANDO ENTRE AS PLANTAS
PÁSSARO BRANCO, DE ONDE VIESTE?
SÓ SEI QUE TU BRINCAS NÃO SEI SE TU CANTAS.
PÁSSARO BRANCO, DE ONDES VIESTES?
EU FICO PENSANDO... PERDESTES TEU RUMO?
PÁSSARO BRANCO, DE ONDE VIESTES?
PARA ONDE TU FOSTES POR CIMA DO MURO?
PÁSSARO BRANCO, PARA ONDE TU FOSTES?
NÃO VEJO TEU NINHO, NÃO SEI ONDE MORAS
PÁSSARO BRANCO, PARA ONDE TU FOSTES?
QUERO QUE REGRESSES E BRINQUE LÁ FORA.
PÁSSARO BRANCO, PARA ONDE TU FOSTES?
A CHUVA CHEGOU E MOLHOU TUDO AGORA...
PÁSSARO BRANCO, PARA ONDE TU FOSTES?
QUERO QUE REGRESSES, POIS EU...VOU EMBORA
(texto inédito da mãe da Rosana...mas a danadinha da filha esqueceu de colocar o nome)
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| NAN LAURINO |
BUENAS A ROSANA, a neta,
É ESSE CARINHO, TALENTO E ALENTO, GENEROSIDADE
DE SEMPRE E QUE TODOS CONHECEMOS
MAS SEU TEXTO VIRÁ
APENAS AMANHÃ!
BJOKAS SURTADAS
E
FELIZ DIA DAS MÃES...
HOJE, AMANHÃ E SEMPRE!
REGINA
