23 de nov. de 2011

PARA QUEM FEZ, NÃO FEZ OU AINDA PENSA EM FAZER...


Você passa cerca de 5 anos indo para o mesmo lugar todos os dias, vendo as 
mesmas pessoas, falando sobre o mesmo assunto, agüentando os mesmos 
professores chatos, idolatrando os mesmos professores ótimos, reclamando 
dos mesmos problemas, comendo o mesmo salgado murcho, bebendo no mesmo
boteco fedido.

Você passa quatro anos querendo sair mais cedo da aula todos os dia s
contando as moedas pra tirar mais uma das milhares de xérox, se revoltando
 com a quantidade de páginas da xérox, se perdendo nos corredores da
 biblioteca pra achar o bendito livro, se desesperando nas provas, 
quebrando a cabeça pra fazer uma pauta, deixando de dormir até mais tarde no fim de
semana pra fazer o tal do trabalho, indo dormir mais tarde pra fazer o tal
 do trabalho.

 Isso tudo, sem contar o último ano, em que todos esses fatores são 
multiplicados por quantas vezes você achar melhor. E lá vem o TCC, que 
tira seu tempo, seu sono, sua paciência, seus fins de semana, seus feriados,
 suas refeições bem feitas, seu namorado, suas noites bem-dormidas, sua
 diversão.

Mas, em compensação você ganha, entre os itens que mais se destacam, um 
belo par de olheiras e aversão à gráficas (incluindo as pessoas que lá
trabalham) e impressoras (um grande parabéns aos que não quebraram ou não
 deram pelo menos um soco em alguma). Não podemos deixar de citar as brigas
 com o seu grupo ou com uma colega de classe e as incontáveis vezes em que
 você escreveu, reescreveu, editou, gravou, fotografou, deletou tudo e
começou de novo.

Chega o grande dia e junto com ele, um imenso alívio. É isso. Acabou.
 Tchau. Bye bye. Até mais. 

Te vejo por aí.

 Você trabalha e depois das 18h vai pra casa. No dia seguinte também. E no 
outro, e no outro. Alguns arrumam outras atividades pra ocupar o tempo.
 Outros simplesmente vão pra casa, sentam-se no sofá e assistem TV, dormem,
 comem, babam na almofada sem se importar em ver o tempo passar. 
Mas, têm também aqueles que sentem um enorme vazio. Cadê os meus amigos 
pra conversar? 

E os textos que eu tinha pra ler? Para onde foram professores que eu 
parava para trocar idéia no corredor?

 Cadê tudo o que eu fazia todos os dias? Cadê as pessoas que eu convivia?

 Acabou.
É, meu amigo. Está com esses sintomas? Então você está com a tal da DPF -
Depressão pós-faculdade.
Tudo aquilo que você xingou por anos, agora faz uma falta enorme aí na sua
 vida.

 Ficou um buraco. E, se você não aproveitou, esse buraco fica ainda maior.

 Portanto, se durante os quatro anos você não quis comer aquele salgado
 gorduroso, tomar a cerveja no boteco da esquina, comprar a trufa que sua 
colega vendia, fazer a pauta, escrever a matéria, gravar o programa, pegar 
a sonora, fotografar o fulano, diagramar o texto, estudar pra prova, pedir 
pro professor tirar sua falta, conversar durante a aula e tomar bronca, 
dar uma de nerd e responder o que o professor pergunta e muito, muuuuito
mais... perdeu.

Se você está entrando na faculdade agora, aproveite cada minuto. Xingue, 
mas não deixe nada passar.
Agora, se assim como eu, você fez tudo isso e com muito orgulho, curta a
 saudade, reencontre os amigos e professores e lembre-se que essa foi uma 
das melhores épocas da sua vida.

 Nós reclamamos, reclamamos, mas no fundo adoramos tudo isso! 

E que, da faculdade, você tire pelo menos esta lição: os momentos e as
 pessoas são únicos !!!
E as oportunidades também. (AUTORIA DESCONHECIDA).

EU PENSAVA BEM ASSIM...
MAS DEPOIS DE FICAR 15 ANOS ENTRANDO E SAINDO DE FACULDADES,
ATÉ QUE NÃO SINTO MAIS TANTA FALTA ...