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OS OUTROS nunca mais brincariam conosco. E o pior é que as mães não mantinham a lógica do seu pensamento. 'Mas mãe, todo mundo dorme na casa dos amigos!!' Eu lá quero saber DOS OUTROS? Só me interessa você! Era de pirar a cabeça de qualquer um. Não víamos a hora de crescer para nos vermos livres daquela perseguição. Veio a adolescência, e que desespero: descobrimos que OS OUTROS estavam mais fortes do que nunca, ávidos por liquidar com nossa reputação. 'Você vai na festa com esta calça toda furada? O que OS OUTROS vão dizer??' 'Filha minha não viaja sozinha com o namorado, não vou deixar que vire comentário na boca DOS OUTROS', dizia a mãe de minha namorada. Não tinha escapatória: aos poucos fomos descobrindo que OS OUTROS habitavam o planeta inteiro, estavam de olho em todas as nossas ações, prontos para criticar nossas atitudes e ferrar com nossa felicidade. Hoje eles já não nos assustam tanto. Passamos por poucas e boas e, no final das contas, a opinião deles não mudou o rumo da nossa história. Mas ninguém em sã consciência pode se considerar totalmente indiferente a eles. OS OUTROS ainda dizem horrores de nós. Ainda têm o poder de nos etiquetar, de nos estigmatizar. A gente bem que tenta não levá-los a sério, mas sempre que bate uma vontade de entregar os pontos ou de chorar no meio de uma discussão, pensamos: Não vou dar este gostinho para OS OUTROS... Está para existir monstro mais funesto do que aquele que poda nossa liberdade.
Obs.: Não dê muita bola para o que OS OUTROS pensam. Isso não fará de você uma pessoa melhor. Mas escute atento o que o EU dentro de você sussurra a cada ação ou pensamento. Isso pode fazer toda diferença. Além disso, OS OUTROS não pagam nossas contas!
RECEBI ESTE TEXTO DE UMA AMIGA, A QUAL AGRADEÇO PELA COLABORAÇÃO.
BJOSS SURTADINHOSS