4 de mai. de 2012

"DAS GENTES QUE SE ACHAM..."

http://xiclique.blogspot.com.br/2011/01/pessoas-que-se-acham.html
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Já faz umas semanas que venho pensando nesse título e sobre o quê escrever dele... Mas o tempo têm sido meu maior inimigo ultimamente! Várias ideias surgem, mas nem sempre elas acabam sendo escritas...
O quê dizer das pessoas que se acham? Primeiro,  o que é isso? Se achar em que sentido?... Buenas, partindo de minha pessoa, pode ter certeza que é no sentido menos lisonjeiro ! Ou seja, venho pensando muito naquelas pessoas que têm a tendência a acharem que 'são a última bolacha do pacote' e, infelizmente, nem se dão conta que o pacote ficou aberto e a bolacha amoleceu...
Não tirando o meu da reta, tenho essa mesma tendência de vez em quando, principalmente, nas coisas que tenho certeza que sou boa no que faço. Porém, como na maior parte das vezes, não penso muito antes de falar - eu penso, mas depois que falei; o que não ajuda em nada - acabo dizendo merda e passando a falsa impressão que sou arrogante, metida, coitada ou, pior dos piores, uma idiota que nem se pode levar em conta o que fala... Resumindo, fico à mercê de julgamentos pífios e medíocres. Esse é o preço que pago, com perfeita consciência, dos meus atos e falas.
Venho tentando me controlar, mas tenho esse defeito de nascença! Mudar nessa altura do campeonato é quase impossível. Fechar minha boca então... nem para o regime ou para parar de fumar tenho conseguido!
Que seja, o que interessa aqui não sou eu... casos perdidos servem apenas de comparativos, por isso não se discutem, lamentam-se!
Na realidade, o que me incomoda nem tanto são as pessoas que falam coisas insensatas, pois o fazem, muitas vezes, de forma ingênua e/ou sem maldade; vêm me incomodando a capacidade de algumas pessoas de se olharem no espelho e se acharem melhores que Dorian Gray (personagem maravilhoso, criado por Oscar Wilde), de acreditarem na própria mentira espelhada em suas almas...
Dessas não tenho dó, nem piedade. Não tenho sorriso condescendente, nem digo palavras bobas de apoio, que qualquer imbecil entenderia como ironia... Menos elas.
Questiono se essas pessoas não percebem que nós, os outros, percebemos o quanto elas não são aquilo que dizem que são... Esse tipo de gente me lembra porcelana velha, desgastada do esmalte e cheias de trincados nos cantos.
Na maior parte das vezes, me dou conta das merdas que falo ou das coisas erradas que faço; sempre que possível tento consertá-las, mas muitas vezes não dá ou nem vale a pena consertar. Nessas horas, fico remoendo em minha mente a imagem do erro, em como poderia ter modificado tal coisa ou não ter dito outra... Porém, não fico nessa masturbação mental por muito tempo, porque o que está feito, está feito, e se não se pode mudar - pelo menos - não fique repetindo! Nem para si mesma.
Pois então, o que me diferencia das gentes que se acham?
A consciência de saber quem eu sou e ter de conviver com isso...
Não consigo achar graça no ego exacerbado desse povo, nem na sua pouca modéstia, não vejo significado em seus trejeitos dândis cheios de cultura inútil e em suas posturas de eternos conhecedores da verdade. A grande verdade é que temos de conviver com esses 'tipinhos'  diariamente, e ter sempre no rosto o sorriso estampado da boa convivência social... mas vamos ser honestos(as): esse tipo de gente é chata prá caceta!!! E, pior... se acham !!!



BEIJOKAS SURTADAS,