14 de jun. de 2012

NOS MEUS 40, 50, 60, 70 ANOS, por Roberto Romanelle Maia


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Eu aprendi que a dança do amor a gente dança aos 60, como se tivesse 15, mesmo que as pernas já não sejam as mesmas, porque esse é o maior milagre que o amor realiza: ele vive num tempo sem tempo.
Eu aprendi que a gente pode até perder os sonhos, ao longo dos caminhos, porque quem disser que depende dos sonhos para amar, não conhece a contramão dessa via, pois é, justamente, quem ama, aquele que se faz sonhador...
Eu aprendi que as agruras da vida dilaceram, machucam, rasgam o coração em milhões de pedaços, mas, o amor sempre o refaz e o apresenta inteiro, pleno e intacto, para amar  outra vez.
Eu aprendi que há velhos aos 16, e jovens  aos 90, porque a vida é apenas uma passagem, e o amor não depende de nada e de ninguém, porque é o alimento primordial, é a reverência da alma por tudo quanto existe e quanto a inspire...
Eu acredito e sinto que o amor é o anestésico, a superação e a sabedoria vencendo a solidão...
É... Eu acredito que o amor é isso.
E mesmo que o resto do mundo diga que eu não estou certo, ainda assim, isso não precisa significar que eu esteja errado...